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Foto do escritorMonique Miranda

“Preciso” ou “Desejo”

Já se perguntou quantas vezes essas duas palavrinhas foram absolutamente confundidas em sua vida?

Não né? Na verdade, nem eu; até este momento.

Ao fazer escolhas, é fundamental saber distinguir Precisar e Desejar.

Precisar é tudo aquilo de que necessitamos e que é indispensável para nossa vida.

Desejar é tudo aquilo que queremos ter ou usufruir, sendo necessário ou não.

Por exemplo: a alimentação é indispensável para a vida e independe da nossa vontade; logo, é uma necessidade. Agora, querer se alimentar em um restaurante de luxo desfrutando de pratos finos, isso é um desejo. Mesmo que você esteja satisfazendo sua necessidade de alimento, a forma como almejou satisfazer tal necessidade foi um desejo.


Só lembrando que o texto acima não tem nada a ver com comida.


Desejar é saudável, todos nós temos desejos. Mas, a partir do momento que você se conta que precisa daquele objeto de desejo, você se condiciona a sua felicidade à realização desse desejo. E esse é um dos principais gatilhos para a ansiedade.

É onde começamos a pensar inconscientemente que só seremos felizes se conseguirmos aquilo, e entramos num looping de ansiedade (em querer) x medo (de não conseguir) x frustração (caso não tenha o desejo atendido). Louco isso né? Mas é assim que funcionamos diariamente.

Às vezes necessitamos tanto de amor e carinho, que qualquer pessoa que chega perto com um pouco de atenção e gente fantasia ser a pessoa que vai suprir os nossos desejos, e é aí que colocamos expectativas, e onde nos frustramos.

O exercício de hoje é simples, porém o mais complicado de todos; saber diferenciar o querer de precisar. Afinal, feliz você já pode ser hoje, com as condições que você tem.

Mas você quer?

Ou prefere continuar desejando, e criando expectativas frustradas onde não tem o mesmo querer? Querer nem sempre é poder, muito menos precisar. E de uma coisa precisamos urgentemente, que é parar de utilizar nossos pensamentos com “quereres” falsos, que só nos atrasam, nos ferem e depois nos abandonam no meio das frustrações da falsa sensação que deixaram em nossas vidas.


Bora sair do Looping e nos permitir viver o real, afinal, fantasias só são boas em contos de fadas, e não vivemos nelas, infelizmente.


E como dizia Zeca Baleiro...


“No silêncio da noite sem sono, Você se sente como um cão sem dono, E se pergunta o que restou do amor, Do sonho, pura ambição.Só suor, lágrimas, sangue, Perda, pó e solidão. E pra dor que rói a carne tesa sob a pele fina, Não há um só remédio em toda medicina”

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