Quem aí já ouviu a famosa frase “não te prometi nada”?
Confesso que eu, aos 40 anos, infelizmente!
Essa frase teve um efeito gigante em mim, acho que nunca presenciei tantos sentimentos em mim, além da dor do luto da pessoa viva.
Acho que quando somos verdadeiras com as palavras, e temos facilidade de expressá-las, acabamos não prometendo nada sem cumprir, e também, para outras coisas, nem precisamos usar a palavra “te prometo” para parecer verdade o que estamos falando né. E foi o que aconteceu comigo.
O “Não te prometi nada” me gerou tristeza, me gerou insatisfação, auto cobrança, autoanálise, desgaste, raiva, sensação de perda e também vários questionamentos que fizeram pela primeira vez eu sentir o efeito colateral do coração partido e ferido.
Todas essas sensações nasceram exatamente do confiar no outro. Elas foram enraizadas por:
- Que saudade
- Amor, vou tomar um banho e já volto
- Você é toda linda
- Estou apaixonado aqui
- Precisa que eu cuide de você?
- Preciso de você bem, vai que é pro resto da vida
- Bom dia meu amor
- Queria te dar um cheiro hoje
- To aqui só com você na cabeça
- Hoje vou te buscar pra te dar um cheiro tá
- Dou tudo pro cê gata, você já me tem
- To com vontade de você
- Você é minha prioridade sempre
- Precisando tanto de um cheiro seu
- Quero contatos afetivos com você
- Não te troco por nenhuma
- Passando só pra falar que tô pensando em você tá
- Carinho e atenção, você terá sempre
- Só quero saber quando te vejo de novo
- E dormir de conchinha
Realmente não me prometeu nada né, pelo menos não usou a palavra promessa em frase nenhuma, mas me fez acreditar em todas elas que era real, que era de verdade e que você era diferente.
Enfim encerro um ciclo, ou uma temporada (como você gosta de citar), com o coração dilacerado e fechado para receber visitas, mas com a tranquilidade de que eu fui sincera e transparente em todos os momentos que passei contigo, e te agradeço por todas as vezes que me fez dormir e acordar pensando que tudo o que eu pedia ao universo tinha sido atendido. Pena que nada foi real, e eu sei que gostar de mim é perigoso, porque sou de verdade, e isso geralmente assusta.
Hoje, eu só espero que me destruir, tenha consertado você, afinal, eu nunca fui de viver metades, meio termos, meia felicidade ou meia agonia, muito menos aprendi a viver um meio amor.
E que venha o novo! Dessa vez, mais tranquilo e verdadeiro, que tenha acesso ao meu interior com ações e atitudes bonitas, porque palavras o tempo leva e eu tô precisando conhecer e ser feliz com o que fica.
Aos leitores, infelizmente essa é uma parte do diário que não foi legal escrever, não teve sorrisos, comparações engraçadas ou reflexões inteligentes, apenas dor; mas totalmente necessária para entender o encerramento de um ciclo que tanto me machucou e ainda machuca, mas com a certeza que vou me recuperar e ser imensamente feliz.
E claro, deixo o questionamento... Vale mesmo a pena ser de verdade?
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