Alguém consegue viver sem esperança?
Eu sempre fui alguém muito esperançosa, com tudo na minha vida, e acredito que por ter a esperança tão vívida dentro de mim, que tive paciência em esperar algumas coisas, e vivi alguns milagres, afinal, como o próprio Albert Einstein diz,
“Há duas formas para viver a sua vida. Uma é acreditar que não existe milagre. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.”
E por muito tempo, fui a pessoa que acreditou que tudo na vida era um milagre.
Porém, e quando nos vemos numa situação que já não adianta nutrir a esperança, e apesar dela ser a última que morre, devemos matar primeiro, antes que ela faça isso com a gente?
Alguém já viveu momentos assim?
Todos nós trazemos o sentimento de esperança cravado dentro de nós. Faz parte do ser humano esperar e acreditar. Somos seres expectantes, sempre à espera de algo ou alguém. A famosa frase “A esperança é a última que morre” tem seu fundo de verdade, pois, internamente, lá no fundo do coração, sempre esperamos que o milagre aconteça e que as mudanças surjam. Mas e quando elas não acontecem, e o esperar vai te matando pouco a pouco?
Seria justo esperar mais?
Claro que a realidade que vivemos, as dores e dificuldades que enfrentamos, são motivos para nos fazer enfraquecer e esmorecer. É um conflito interno que vivemos todas as vezes que tendemos a desistir de algo que esperamos tanto.
Por isso, a frase citada no filme ‘Rei Arthur’ – “Não existe morte pior do que a morte da esperança” –, é uma frase forte, que ao trazer para a nossa realidade abala a alma (pelo menos a minha), que insiste em acreditar sempre.
Esperar por esperar não nos tranquiliza, não traz frutos. E o grande milagre da esperança é ver frutificando toda a sua plantação, que passou anos regando, nutrindo, e agora pode colher com a tranquilidade de que cultivou da forma certa.
Ter que matar a esperança não é tarefa fácil, mas talvez uma forma de enxergar que aquele plantio já não tem vida, que por mais que se tente e adube a terra, jamais conseguiremos fazê-la ser produtiva novamente.
E aí meus amigos, continuo tentando nutrir uma terra infértil à espera de um milagre em transformá-la, ou devo ter um tempo para procurar novos lugares para o cultivo?
Fica a reflexão sobre, esperança, milagres, desgastes, esforços e amor.
E como dizia Nando Reis:
“Amor eu sinto a sua falta. E a falta é a morte da esperança. Como o dia que roubaram seu carro. Deixou uma lembrança. Que a vida é mesmo coisa muito frágil. Uma bobagem, uma irrelevância. Diante da eternidade do amor de quem se ama...”
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