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Foto do escritorMonique Miranda

Mente barulhenta

Toda mulher já passou por uma sensação de estar vivendo uma eterna TPM.

Um monte de sentimentos juntos, a cabeça super acelerada, com pensamentos infinitos e aquela vontade de chorar, morrer e matar tudo de uma só vez, correto? Eu, pelo menos sim.

O que fazer para acalmar uma mente barulhenta e que te tira do sério, fazendo com que se sinta uma pessoa completamente doida? Alguém tem a resposta?

Eu, já tentei várias técnicas, posso até citar algumas, como, pensamentos positivos, mantras, exercícios físicos, leituras, conversas, terapias, tarô, e até a escrita.

O problema é que quanto mais eu tento aquietar a mente, mais alto meus pensamentos ficam, às vezes chega ficar um barulho ensurdecedor, e nessas horas, a única coisa que me acalma um pouco é deixar as lágrimas rolarem, fazendo com que o corpo alivie colocando pra fora um pouco do que aguentou sozinho o dia todo.

Nessas horas, não se dorme direito, não se come direito e nem raciocina direito.

E os pensamentos não param, não se aquietam, e não te deixam até que você consiga entendê-los e arquiva-los em gavetas, rezando pra que nunca mais alguém volte a procurá-los.

O problema é que procuram, e a bagunça volta a acontecer de novo. A dor volta, não as físicas, estas são mais fáceis de curar, mas a dor de ter uma mente turbulenta, que causa sofrimento psicológico e este, é simplesmente o pior que um ser humano pode sentir e pode destruir uma vida, conquistas e tudo o mais.

Há quem diga que sou maluca, por ser desse jeito que ninguém entende. O que posso fazer, além de tentar seguir em frente lutando contra os meus monstros internos? Não é fácil ter a cabeça sempre cheia assim dessa forma. Vou confessar que não é fácil ser da forma que sou, eu nunca paro, estou sempre pensando e resolvendo um milhão de coisas. Às vezes cansa e me dá vontade de desistir logo de tudo, mas tenho essa mania de sempre reconsiderar, sempre tentar de novo e uma hora encontrar a melhor forma de acalmar a mente, seja com a chegada de um antídoto para o sofrimento, ou o veneno para o paraíso.

Queria eu, por um dia ter a mente tranquila e vazia... Quem sabe na próxima vida, nesta, nasci para pensar demasiadamente e sem parar. Bora arquivar os papéis e fechar as gavetas então.


míur

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